terça-feira, 8 de maio de 2012

A VIDA COMO ELA É

Texto escrito pela Profª Maria Regina Silva - Geografia
Reflexão em JEIF com os professores para tomarem conhecimento do 
Projeto Sustentabilidade "Pequenas Ações, Grandes Resultados"


Alguns filósofos de antigamente chegavam a duvidar de sua própria existência. Acreditavam que na realidade só existiam idéias. O mundo, a natureza, a vida eram só idéias ou produto delas. Pode parecer estranho, mas tinham seus argumentos.
Foi o filósofo francês Descartes quem, partindo de suas dúvidas,  invalidou toda a argumentação dos colegas. 
Resumidamente, o ponto de partida do pensamento de Descartes pode ser expresso assim: Tenho dúvidas sobre muitas coisas, portanto penso, logo existo.
É evidente que se tenho dúvidas sobre uma ou mais coisas é porque estou pensando.  E pensar prova minha existência, minha vida de um ser racional. Sim, de um ser racional, porque um animal irracional apenas age conforme a vida se apresenta, por instinto ou reflexo. Não duvida, não contesta, não propõe, enfim, não pensa.
Por que, então, não agirmos sempre como seres racionais duvidando e contestando alguns aspectos de nossa vida? Ou seja, pensando nela e agindo no sentido de melhorá-la? Ou será que o penso, logo existo  foi definitivamente derrotado pelo consumo, logo existo?
Quando nos referimos à nossa vida, vem à mente a vida perfeitamente individualizada de cada um de nós. Vamos colocar uma dúvida para iniciar nosso pensamento: será que existe vida perfeitamente individualizada? Claro que não!
Nem a ficção literária poderia  imaginar possível um ser humano atual sobreviver se  isolado da sociedade, sem nenhum instrumental tecnólogico atual ou do passado. De que maneira iria satisfazer suas necessidades vitais como alimentação, abrigo, proteção contra o frio e o calor, carências as mais diversas, inclusive as afetivas? E se sobrevivesse seria graças a outro fator que o liga por toda a vida à sociedade humana: o conhecimento e as habilidades  que a humanidade desenvolveu desde o passado mais remoto e que ele adquiriu enquanto esteve com seus semelhantes.
Pode-se, então, concluir que a vida perfeitamente individualizada é uma ilusão. A vida do indivíduo está ligada e depende da vida de outros indivíduos que em conjunto compõem a sociedade humana.
Mas a sociedade humana perfeitamente isolada é outra ilusão, pois suas necessidades vitais são satisfeitas pelo meio ambiente natural: água, ar, minerais e seres viventes ( vegetais e animais). O meio ambiente natural  é, pois, vital para cada indivíduo e para a sociedade humana como um todo, e dele não podemos nos isolar.
Outro aspecto importante é o duplo caráter da vida: ela é passageira no indivíduo e duradoura na espécie a que ele pertence. Ou seja, recebemos nossas vidas dos antepassados e a transmitamos às gerações seguintes. Nos seres humanos a vida não deve ser vista sómente no aspecto biológico, mas também no aspecto cultural e social. Assim transmitimos às gerações futuras não só uma carga genética, biológica, mas também nossos usos e costumes, nossos conhecimentos, nossos valores. Enfim, transmitimos também nossa cultura, que cada nova geraçao vai mudando de forma mais ou menos rápida.
Tendo-se claro o que foi exposto, pode-se concluir que cada ser humano, com exceção dos suicidas, tem o dever moral de, solidária ou isoladamente, preservar  o meio ambiente para si e para todos, inclusive para as futuras gerações que vão continuar nossa vida. Jamais esquecendo que meio ambiente também é sua própria casa, sua rua, seu bairro, sua escola, seu local de trabalho ou de lazer.

            Vamos existir, vamos pensar, vamos pesquisar:

1-    O que poderia ser criticado no consumo atual por afetar seriamente o meio ambiente?

2-    O que você poderia fazer, isoladamente ou com seus colegas, em benefício do meio ambiente?
Vamos pensar, vamos existir, vamos conhecer, vamos agir.

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